Médicos cubanos na Argélia, firmes em trincheira de amor e esperança
Unidos por laços históricos de fraternidade, Cuba e Argélia enfrentam hoje fraternizados a pandemia do SARS-CoV-2 e trabalham em outros programas importantes da saúde no país do norte da África.
Os mais de 850 colaboradores cubanos 'trabalhamos em conjunto com os argelinos' em 'uma grande batalha que nos une ainda mais, a luta contra a Covid-19', disse a Prensa Latina via correio eletrônico o doutor Reinaldo Menéndez, chefe da Missão Médica ali.
Mantemo-nos nos postos de trabalho e trabalhamos juntos na capacitação do pessoal das unidades, e prestamos 'especial importância às medidas de segurança e proteção', indicou o galeno, e acrescentou que os cubanos 'estão e se manterão firmes em sua trincheira de amor e esperança'.
Os homens e mulheres de batas brancas da maior das Antilhas? explicou o galeno- prestam seus serviços, fundamentalmente, nas Comunas do Sul, em pleno deserto do Saara argelino, e no grande altiplano, onde as carências e necessidades de saúde são maiores.
Na atualidade o pessoal brinda seus serviços em 15 províncias e em mais de 50 municípios do Estado africano, o mais extenso do continente, e onde o internacionalismo médico revolucionário de Cuba tem um especial significado.
Por Argélia começou em 23 de maio de 1963, a solidariedade da jovem Revolução com o envio da primeira brigada oficial, integrada por 29 médicos, quatro estomatólogos, 14 enfermeiros e 7 técnicos da saúde.
Menéndez precisou que os especialistas caribenhos trabalham em 'excelentes hospitais oftalmológicos' e em outros programas como o materno infantil, que é especial pela contribuição na melhoria da saúde da mãe e da criança.
A colaboração médica nestes momentos é ampla e mutuamente benéfica, sublinhou o galeno.
No meio da difícil conjuntura epidemiológica no país africano ante o embate da pandemia, o chefe da Missão Médica cubana esclareceu que todos os colaboradores 'estão bem e trabalhando' e 'não temos que lamentar nenhum colega doente'.
Explicou que isso foi possível pelas medidas adotadas em cada brigada, o cumprimento das orientações dos órgãos de direção e a 'grande disciplina dos colaboradores'.
O doutor cubano manifestou que as autoridades argelinas adotaram importantes medidas de controle para eliminar e minimizar os efeitos do novo coronavírus, que até o dia 2 de abril afetou ali a 986 pessoas e ocasionou a morte de outras 86.
Consultado por Prensa Latina sobre o trabalho da Brigada Médica, o embaixador de Cuba na Argélia, Armando Vergara, considerou-a de 'muita disciplina, compromisso e altruísmo'.
Assegurou que 'se tem estado à altura' do momento que se vive no combate à pandemia do SARS-CoV-2, e em nome da Embaixada, estendeu 'aplausos pela vida' às brigadas médicas cubanas que hoje trabalham na Argélia, República Árabe Saaraui Democrática e Mauritânia.
A modo de colofón, o chefe da Missão Médica Reinaldo Menéndez recordou que milhares de cubanos passaram por 'estas terras fraternas' onde os profissionais da saúde, Fidel Castro, o Che Guevara, os Barbudos e a história de luta contra o imperialismo 'são venerados pelo povo argelino'.