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Ser Fidel e ser agora

Foto: Arquivo do Granma
Foto: Arquivo do Granma

Data: 

11/08/2021

Fonte: 

Periódico Granma

Autor: 

Rompendo a solenidade do momento, como uma onda que ganha força, o clamor foi aumentando e, aos poucos, a Praça da Revolução se tornou um coro gigante com uma única frase: Eu sou Fidel.
 
Era a terça-feira, 29 de novembro de 2016, e o povo de Havana, em representação de toda Cuba, se reunia ali para homenagear o Comandante invicto que partia para a imortalidade.
 
À medida que nos juntávamos na aclamação coletiva, a emoção crescia e era urgente deixar claro que o homem que tantas vezes ergueu a voz daquele mesmo lugar, não iria embora, nem seu legado se perderia para sempre. Foi preciso e apropriado dizer ali, e depois repetir de uma ponta à outra da Ilha, que seríamos como ele, que estaríamos em seu lugar, mas será que entendemos perfeitamente o que isso significa?
 
Fidel, que pediu e quase exigiu que, após sua partida, não fossem erguidos monumentos em sua homenagem, nem que seu nome fosse usado com alto tom retórico, só teria aceitado de bom grau o significado deste slogan se, em sua expressão prática, aqueles de nós que também o repetiram fizéssemos o que cada um de nós faz, com a mesma força, confiança na vitória e sentido de dever que ele colocou em cada empreendimento.
 
Ninguém poderia ser como Fidel e seguir em frente diante do mal feito, ou fazer um pacto com a preguiça; não se pode ser como Fidel e fugir das urgências do povo, sem ouvi-lo atentamente, unindo-se a ele no esforço cotidiano para progredir; não se poderia ser como Fidel se na hora do dever vamos para o lado onde vivemos melhor e, a partir do conforto individual, olhássemos para as urgências coletivas, como perfeitos egoístas em tempos em que só a solidariedade salva.
 
Nem poderíamos ser como Fidel se rompêssemos a unidade, que é e será nosso principal antídoto contra a tentativa permanente de nos esmagar, ou se enfraquecermos nossas defesas contra inimigos que mudarão de rosto ou de método, mas nunca de suas intenções anexacionistas ou neocoloniais.
 
Para sermos como Fidel, no termo que significa o slogan vigoroso, é preciso compreender que, aqui e agora, é necessária aquela engenhosidade e aquela estratégia que o levou a triunfar sobre as adversidades e as limitações de toda espécie. Hoje é a Covid-19, como pode mais tarde ser um ciclone, a seca avassaladora e até novas e mais cruéis medidas de bloqueio, junto com intenções agressivas de todos os tipos. Em todos os casos, se mantivermos a convicção de agir como ele, a derrota será impossível.
 
Temos muitos exemplos de como é possível ser fiel a esse juramento simbólico que envolve ter dito e continuar dizendo que somos Fidel. Basta olhar para a dedicação ilimitada das lideranças do país, com o presidente na vanguarda, perante todos os problemas; a vigília dos cientistas; a tenacidade e o humanismo dos médicos que não desistem; os sucessos do esporte que nos enchem de orgulho; os que produzem e plantam e os milhares de jovens que estão onde são mais necessários.
 
Temos que repetir este slogan e, sobretudo, torná-lo realidade, como a melhor homenagem a quem nos mostrou que a rendição é a única opção que nunca devemos considerar.