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Cuba chama em ONU a resposta multilateral e marcada ao terrorismo

Cuba advogou no Conselho de Segurança da ONU por uma resposta multilateral e marcada ao fenómeno do terrorismo, que se afaste das acções unilaterais e os duplos critérios.
 
Num debate aberto do órgão de 15 membros sobre as ameaças terroristas à infra-estrutura vital, a representante permanente cubana ante as Nações Unidas, Anayansi Rodríguez, precisou que Havana respalda a adopção de uma convenção geral sobre o flagelo e a convocação a uma conferência mundial que promova esse tipo de respostas.
 
'Recusamos e condenamos os duplos critérios e a seletividade no tratamento deste tema. A luta contra o terrorismo não pode ser utilizada como pretexto para a ingerência e o intervencionismo, a agressão, nem as violações do direito internacional e dos direitos humanos', afirmou no foro.
 
A diplomata também demandou o cesse do financiamento, equipamento, treinamento, fornecimento de armas e do apoio de todo o tipo a grupos extremistas que semeiam violência e destruição em muitas partes do planeta.
 
Rodríguez ratificou o compromisso de Cuba na luta contra o terrorismo e recordou que seu povo o sofreu em carne própria, com atos organizados, financiados e executados desde o estrangeiro, responsáveis por quase 3,500 mortos e mais de dois mil discapacitados.
 
Mesmo assim, fez questão de que a nação caribenha nunca tem permitido, nem permitirá a utilização de seu território para realizar, planejar, alentar, encobrir ou financiar essas acções contra outros Estados, sem excepção alguma.
 
Com respeito a próximos desafios no combate ao flagelo, como o emprego pelos terroristas das novas Tecnologias da Informação e a Comunicação (TICs), Rodríguez apelou ao esforço de todos os países para enfrentar o problema.
 
É crucial atingir um instrumento internacional legalmente vinculante, dentro do sistema das Nações Unidas, que regule o emprego das TICs e assegure sua utilização de conformidade com o Direito Internacional e, em particular, a Carta da organização, expôs.
 
O debate aberto do Conselho de Segurança permitiu a adopção unânime da resolução 2341, dirigida a fortalecer os mecanismos de prevenção e redução do impacto das acções terroristas contra a infra-estrutura civil vital.
 
Os participantes no evento manifestaram preocupação pelos ataques de grupos como o Estado Islâmico, Boko Haram, Al Qaeda, Al Shabaab e o Frente Al Nusra contra hospitais, escolas, redes de transporte e instalações provedoras de serviços básicos, desde a energia até o água.

Fonte: 

Prensa Latina

Data: 

14/02/2017