O primeiro-ministro cubano Manuel Marrero denunciou hoje o impacto do bloqueio dos EUA contra a ilha caribenha na reunião do Conselho Intergovernamental Eurasiático nesta cidade.
 
Durante sua intervenção virtual no evento, Marrero advertiu sobre o 'complexo' contexto global devido ao Covid-19, 'que desencadeou uma grande crise sistêmica, agravada por guerras comerciais e medidas coercitivas unilaterais que violam o direito internacional'.
 
Ressaltou que Cuba enfrentou estes desafios em meio a um aperto sem precedentes do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelo governo dos Estados Unidos.
 
A este respeito, ele agradeceu aos Estados-membros da UEE 'por seu apoio permanente à demanda pelo fim do bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos contra meu país'.
 
Marrero destacou que a recente inclusão de Cuba na lista 'arbitrária e unilateral' de patrocinadores estatais do terrorismo publicada por Washington é um dos exemplos mais recentes de uma política hostil que carece de legitimidade e está destinada ao fracasso.
 
Cuba rejeita nos termos mais fortes esta designação fraudulenta e agradece o apoio fornecido pela comunidade internacional, ressaltou ele.
 
O primeiro-ministro destacou que a participação da ilha no evento tem um significado especial para seu país, pois é a primeira vez que participa como observador da União Europeia.
 
A reunião conta com a participação de representantes dos Estados-membros da UE, Rússia, Belarus, Cazaquistão, Armênia e Quirguistão, assim como das repúblicas da Moldávia, Uzbequistão e Cuba, que têm o status de país observador.
 
O embaixador de Cuba na Federação Russa, Julio Garmendía, nomeado por seu governo como representante permanente na Comissão Econômica Eurasiática, participa do lado cubano.
 
A UEE é uma organização internacional criada em 2015 para a integração econômica regional, e entre seus objetivos estão a promoção da livre circulação de bens, serviços, capital, mão de obra e pessoas.