A visão estratégica do líder da Revolução cubana, Fidel Castro (1916-1926), sua disposição ao sacrifício e vocação humanista foram recordados hoje na Feira Internacional do Livro de Havana, na jornada inaugural.
 
O colóquio Fidel, política e cultura serviu de palcos a pesquisadores e intelectuais para debater sobre a evolução do pensamento do dirigente revolucionário e como conseguiu refleti-lo nas suas ações.
 
Fidel desenhou um novo projeto baseado na insurreição armada popular e teve desde o início uma disposição ao sacrifício e inclusive, a entregar a vida em aras do processo revolucionário, destacou o pesquisador Mario Mencía.
 
Também afundou sobre a simbiosis pensamento-praxis nesse líder: exemplo disso é A História absolver-me-á, esse documento fundamental onde plasma seu pensamento resultou o primeiro programa antiimperialista que culminou com sucesso no dilatado processo de libertação em Cuba.
 
A aplicação consequente de seus postulados conduziria à ruptura do sistema capitalista vigente nesse momento, disse e lembrou as primeiras leis aprovadas ao início da revolução.
 
Pela sua vez, o canadiano Arnold August, estudoso do direito e a sociedade cubana, referiu-se a importância que concedia Fidel ao poder político popular.
 
Lutou pela defesa dos direitos humanos, e o acesso à saúde, a educação, a cultura, o esporte, além de estabelecer uma sociedade onde primasse a igualdade racial e de género. Fidel foi um comunicador por excelência, disse.
 
Segundo o historiador Heberto Norman, Fidel partia da premisa estratégica de que a única via para levar adiante o projeto revolucionário era a luta armada, com um forte apoio popular.
 
A jornalista cubana Katiuska Blanco recordou sua honestidade a toda prova, seu respeito à dignidade humana e seus tantos sacrifícios.
 
Nesta edição 26, a FIL dedica uma especial homenagem a Fidel Castro (1926-2016) e põe a disposição do público 24 livros de e sobre o líder da Revolução cubana.
 
Desde hoje e até manhã, o colóquio titulado Fidel, política e cultura, convoca a um grupo de inteletuais de diferentes países na sala Nicolás Guillén, da Fortaleza San Carlos da *Cabaña, sede principal da FIL.
 
Também nesta sexta-feira se inaugurou um pavilhão dedicado à obra do líder, sob o nome Fidel e nossa história, o qual acolhe títulos da sua autoria.