Cuba denunciou perante a Organização Mundial do Comércio (OMC) que o bloqueio mantido pelos Estados Unidos há mais de 50 anos obstaculiza o acesso às tecnologias da informação e comunicação.

O cerco econômico, comercial e financeiro dificulta a compra e venda no mercado mundial desses produtos e serviços, incluindo o comércio eletrônico, que constitui uma ferramenta importante de apoio às relações econômicas internacionais.

Ao intervir em um simpósio pelo XV aniversário do Acordo sobre Tecnologias da Informação, o conselheiro da missão cubana em Genebra, Carlos Fidel Martín, solicitou aos presentes que exijam ao governo norte-americano que ponha fim às suas medidas coercitivas unilaterais contra seu país.

Essas práticas são contrárias ao direito internacional, às normas da OMC e têm inclusive efeitos extraterritoriais, denunciou.

O representante cubano também ratificou sua rejeição às chamadas iniciativas plurilaterais ou mais restringidas quanto ao número de participantes, que alguns países desenvolvidos tentam impulsionar diante do estancamento das negociações da Rodada de Doha.

Martín advertiu que essa modalidade de negociação na OMC socava princípios fundamentais do Sistema Multilateral de Comércio.